Inovação: como implantar essa cultura?

Quando o assunto é inovação, o que se passa na mente dos gestores é pesquisar referências ou exemplos do que está sendo praticado por outras empresas. Muitos colaboradores e líderes procuram por insights e planos de ação, para praticarem em suas empresas e se tornarem competitivos.

O propósito de conhecer novas ações ou criar inovação é um sonho real das empresas que buscam causar transformação. Mas a questão que fica é: será que esse é realmente o caminho para inovação? 

Quando muitas empresas tem ações muito parecidas, o efeito pode ser o inverso de inovar: tornando as empresas tão semelhantes como se seguissem um padrão. Não há mal algum em pesquisar o que as empresas e o mercado tem feito, ou o que sua empresa não pratica, mas elas já fazem. Ao contrário, além de poder aprender coisas que sua  empresa ainda não sabe como executar. Levará menos tempo para implantar essas ações já que se tem referências no mercado que possam direcionar a equipe como executá-las. 

Além disso, diminui os risco de erro que se corre quando cria-se uma inovação de fato, pois é possível mapear quais os erros e os acertos de quem a implanta determinada ação. Já que essa inovação já foi praticada no mercado.

Todas essas estratégias em busca de inovação são válidas. Mas, a verdade, é que as empresas que realmente inovam vão além de uma pesquisa de mercado. Fazem muito mais do que as best practices para conseguir implementar inovação como um ponto alto da cultura da organização. 

 

Tendências que podem transformar a visão e o futuro do seu negócio.

É preciso saber identificar as tendências, geralmente, são poucas as pessoas que as enxergam. As tendências até mesmo podem nem estar atrelada ao seu mercado, mas a um outro. Existe uma especialidade na moda chamada de cool hunter. Elas se baseiam no comportamento social, no ambiente que elas vivem, na psicologia e em como as pessoas consomem para ditar as tendências da próxima coleção. É basicamente isso.

Quando mapeiam bem as tendências, é possível criarem ou redirecionar o planejamento estratégico da empresa. E, assim, lança uma inovação no mercado, seja um novo produto, atendimento ou serviço. Podendo inclusive atrair um novo perfil consumidor e reposicionando o lugar da sua empresa no mercado. 

Podendo inclusive ser agente de revolução no mercado, desenvolvendo e engajando habilidades em seus colaboradores. Não é fácil enxergar tendências, é preciso monitorar toda semana ou quinzena os sinais que podem indicar mudanças na empresa, na cultura, nos colaboradores ou no mercado daqui alguns anos.

Algumas delas são sinais de mudanças importantes mas que nem todo mundo presta muita atenção. Isso ajudará na entrega da empresa com o cliente e, também, na sua comunicação no todo. Mas, de nada vale, mapear as tendências, conhecer as next practices e não implantar  inovação em seu negócio, é preciso ação.

 

Caso  Bill Gates: empreendedor sempre identifica tendências de inovação

Bill Gates, há 20 anos atrás, escreveu “Business at the Speed of Thought”, em que compartilha 15 insights que mais pareciam histórias de filmes como Star Wars, na época. Foram citadas algumas questões parecidas com: smartphones, assistentes pessoais como a Siri e a Alexa, redes sociais,  internet das coisas, automação entre outros.

Tudo que estamos acostumados a conviver hoje, mas imagine como as pessoas encaravam esses assuntos em 1999? Numa época em que a internet ainda estava nascendo? O Google ainda era uma incubadora. Redes sociais, nem o falecido Orkut e nem o Facebook ainda existiam.

Não é possível adivinhar qual será a próxima inovação do mercado, mas é possível prever. No entanto, Bill Gates abordou essas ideias baseada nos dados que teve acesso e no contexto daquela época. E através dessas informações conseguiu prever como seriam os cenários de 5 a 10 anos depois de ter publicado os seus insights, no período, lunático.

O único grande equívoco de Bill Gates em dizer sobre as tendências dos próximos anos, foi ele mesmo ou Microsoft não ter desenvolvido alguma inovação das que foram citadas. Não aproveitaram as informações disponíveis para criar novos produtos ou serviços. Já que naquele tempo, a Microsoft era líder de mercado com seu produto principal (Windows/Office), sendo bastante lucrativo para empresa.

Se analisarmos, a Microsoft só voltou a liderança de mercado de tecnologia, após, sua cultura organizacional se reinventar com a Satya Nadella. Essa reinvenção vem acontecendo intensamente desde de 2015, ao ponto que, hoje, a Microsoft volta ao páreo como uma das empresas mais valiosa do mundo. Surpreendente, não?

Com a velocidade das mudanças que acontecem no mundo, é preciso não só olhar para as tendências em um futuro a curto prazo. Como, também, o que aparenta ser a longo prazo, mas que pode não ser tão longe assim. Logo, vamos dar alguns insights sobre como encontrar o que venham a ser tendência de inovação futuramente:

• Mapear quais as oportunidades ainda não foram exploradas;
• Definir um nicho para priorizar e se manter focado em atuar nele;
• Criar novas formas de ofertas, serviços e produto, que esteja alinhado com o momento econômico e com o local;
• Identificar quais são as ameaças e oportunidades desse mercado a médio e longo prazo;
• Baseie-se nas oportunidades futuras para tomar decisões no presente;
• Torne-se líder do seu mercado.

 

Que tipo de produto ou serviço é uma inovação?

Busque um produto que melhore o cotidiano das pessoas: sempre há um problema que as empresas não conseguem resolver e dificultam o cotidiano dos clientes. Um exemplo de empresas que inovaram resolvendo problemas simples: Ifood, Rappi, Uber, Netflix entre outras. 

Um produto que cause transformação no statu quo: uma inovação de verdade causa benefícios a comunidade e ao mundo em si. Hoje, quanto mais as marcas possuem posicionamento com relação às causas sociais e climáticas, mais os consumidores irão ver valor nela.

Um produto que gere cada vez mais valor, não tem barreiras. Ela vai dominando naturalmente o mercado e se valida cada vez conforme o tempo. Pois ela soluciona o problema das pessoas. 

 

Por onde começar?

Faça um brainstorming ou um mapa mental, coloque todas as ideias que você acredita ser tendência de inovação, até mesmo as que soam irreais. Poder ver o seu processo criativo irá auxiliar a ter diferentes pontos de vista sobre o todo.

Esteja nos grupos de Facebook e Telegram do seu mercado, pois estará tendo contato direto com o consumidor e poderá observar toda mudança de comportamento que o público tiver. Quais dos seus problemas estão sendo solucionados e quais ainda faltam ser atendidos. 

Busque saber o que está acontecendo com o seu setor em outros países, pois a inovação sempre chega lá fora antes e, depois, vem para o Brasil. E nós importamos muito da cultura dos outros países, principalmente, hoje em dia, que vivemos em um mundo cosmopolita. Pois caso encontre uma tendência que possa ser adaptada no Brasil, sua empresa pode ser a precursora de sua vinda para cá. 

Uma outra forma de identificar o que os clientes estão precisando e como o seu comportamento está mudando é ouvindo-o. È preciso construir um relacionamento genuíno, para isso é preciso estar nas redes sociais e ter canais de comunicação. Uma ferramenta que ajuda muito é assinatura de SaaS que ofereça canais omnichannel, como as da Chat2Desk. Pois possui chatbot que otimizam o atendimento, além de manter todos os canais em um único dashboard. E ainda organiza os dados dos clientes de acordo com a sua jornada de compra, sendo bastante útil estrategicamente.